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Próximas eleições & Próximas gerações

Publicado em: 24 de junho de 2021
Por Comunicação Deputado Gilmaci Santos

Foto: Site TSE

A Covid-19 levou o Brasil a uma crise sanitária e hospitalar sem precedentes. Já temos mais de meio milhão de mortos pelo coronavírus e 17,5 milhões de casos confirmados. Na luta contra esse inimigo silencioso, que se move como se fosse um camaleão, variando de tempos em tempos, hospitais de campanha foram montados, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) passaram a internar pacientes e novos leitos de UTI foram abertos. Só que aí o País se deparou com um outro grande problema: um número insuficiente de médicos para atender a toda essa demanda. Uma realidade que, de acordo com especialistas, está presente desde a atenção básica até o atendimento médico de emergência.

Enquanto isso, foi instalada no Senado, no dia 27 de Abril último, a CPI da Covid-19, a princípio para apurar se houve falhas por parte do Governo Federal no combate à pandemia. Depois, a pauta foi ampliada, para que houvesse a investigação sobre os recursos federais enviados aos Estados e municípios. Essa mudança abriu espaço para que governadores e ex-governadores também fossem convocados para prestar esclarecimentos. O prazo inicial de 90 dias para que a CPI apresente o relatório com as conclusões da investigação certamente será prorrogado. Até lá, quantas mortes mais teremos pelo coronavírus no Brasil?

É preciso sim investigar por que motivo faltou equipamento de oxigênio no Amazonas ou por que houve atraso na compra de vacinas. O cidadão brasileiro quer e merece essa resposta. Mas é preciso também olhar para o futuro, planejar, investir em políticas públicas que tragam resultados — bons resultados —, não só imediatamente, sem uma base sólida, mas também a médio e longo prazos. Não podemos simplesmente assistir ao mesmo filme novamente, com os mesmos protagonistas, que se utilizam de momentos como o que passa o nosso País para se autopromover. Políticos que estão de olho nas próximas eleições, e não nas próximas gerações.

Aliás, uma frase atribuída ao escritor norte-americano James Freeman Clarke, que viveu no século 19 e teve uma importante influência no meio político da sua época, cabe bem nesse contexto: “Um político pensa na próxima eleição, um estadista, na próxima geração!” É claro que não dá para ser um estadista sem ser um político, mas nós precisamos ampliar o nosso olhar nesse sentido e não somente nos preocuparmos em implementar medidas que nos darão votos nas próximas eleições, mas em tomarmos atitudes que favoreçam as próximas gerações.

Voltando à questão da Saúde, um médico precisa de pelo menos oito anos de estudos para ser um especialista. Não podemos seguir apenas sendo políticos de quatro em quatro anos (ou de oito em oito, no caso dos senadores); apenas buscando votos a cada eleição. Podemos e devemos usar esse tempo para nos tornarmos especialistas, principalmente na tomada de decisões que fortaleçam, em todos os âmbitos, o nosso País. Podemos e devemos exercitar e aprimorar o nosso papel como estadistas.

Em 2022, os brasileiros irão eleger um presidente da República, 27 governadores, um terço do Senado, deputados federais e estaduais. Vamos usar o poder do voto para eleger candidatos que estejam realmente preocupados com a ordem e o progresso do Brasil.

*Texto: Gilmaci Santos, deputado estadual pelo Republicanos

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