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Uma nação chamada São Paulo

Publicado em: 23 de agosto de 2021
Por Comunicação Deputado Gilmaci Santos

Deputado Gilmaci Santos na cidade de Bananal

Em mais de 14 anos como deputado estadual por São Paulo (estou no meu 4º mandato), uma das coisas que ainda me surpreendem – e me encantam – é a diversidade do nosso Estado.

São Paulo tem 645 municípios e é a unidade federativa mais populosa do Brasil, com mais de 46 milhões de habitantes (número maior que a população do Canadá ou da Austrália, por exemplo). E dentro dessa grandiosidade claro que os extremos são uma realidade. São Paulo abriga o segundo menor município do país em número de habitantes: a cidade de Borá, com 838 moradores – o menor é Serra da Saudade, em Minas Gerais. Em contrapartida, a capital paulista é a cidade mais populosa do Brasil, com quase 12,5 milhões de habitantes.

Sempre que posso, realizo meu trabalho como parlamentar em alguma cidade paulista, para entender de perto como funcionam, quais necessidades têm, que tipo de economia desenvolvem, como é a estrutura de cada uma, qual é a história, enfim…

Também recebo em meu gabinete, praticamente todas as semanas, vereadores, prefeitos, representantes políticos e cidadãos das mais diversas localidades do estado. Gosto de ouvir o que eles têm para contar, como veem o seu município, como o descrevem. E as histórias que ouço realmente despertam ainda mais meu interesse por essa verdadeira nação paulista.

Recentemente, por exemplo, recebi em meu gabinete vereadores de Santa Rita D?Oeste, cidade que ainda não tive a oportunidade de conhecer pessoalmente. Eles me contaram que o município – jovem ainda, com apenas 69 anos de emancipação -, tem a agricultura e a pecuária como principais atividades, mas, há alguns anos, tem investido no turismo rural. Eles descreveram como é gostoso para as famílias, principalmente com crianças, visitar as propriedades rurais da região, conhecer como são cultivadas as plantações, colher frutas diretamente do pé e provar ali mesmo ou levar para casa. Confesso que pude imaginar a cena.

Durante o recesso parlamentar de julho na Assembleia Legislativa, tive a oportunidade de conhecer alguns municípios paulistas, entre eles, Bananal. A cidade está tão próxima do Rio de Janeiro – aliás já chegou a ser município fluminense -, que alguns habitantes têm celular com código de área do estado vizinho. Bananal é uma estância turística que fica no Vale do Paraíba e é literalmente dos tempos do Império. Fundada em 1849, a cidade fez parte do ciclo do café e foi a mais rica da região durante praticamente todo o século 19. A História conta que o município hospedou Dom Pedro II por duas vezes. Um dos destaques, hoje, na economia da cidade é o tricô.

Porém, o estado brasileiro mais rico, que está entre as maiores economias do mundo, apresenta também alguns tristes extremos dentro de suas fronteiras. O mesmo Vale do Paraíba que abriga a histórica Bananal, por exemplo, também abriga alguns dos municípios mais pobres de São Paulo. Três deles – Itariri, Sete Barras e Barra do Turvo – estão entre os que têm o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixo do estado, ou seja, níveis mais baixos de alfabetização, de longevidade e de renda per capita (por indivíduo).

Numa unidade federativa de proporções como as de São Paulo, implementar políticas públicas que garantam o bem-estar coletivo é fundamental, com ações bem desenvolvidas e bem executadas e que envolvam o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Garantir um IDH digno para todos os municípios paulistas pode não ser tarefa fácil, mas é o mínimo que um representante popular pode se empenhar em fazer.

*Texto: Gilmaci Santos, deputado estadual pelo Republicanos

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